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6 motivos para não visitar Paris durante a pandemia de Coronavírus


A França começou seu processo de desconfinamento ontem (11/05). Por enquanto, parte do comércio e algumas industrias, voltaram a funcionar, mas em ritmo lento e com forte esquema de precauções, como uso de máscara e álcool gel obrigatórios, além da limitação de clientes dentro do mesmo estabelecimento ou empresa. Para aqueles que podem fazer teletrabalho, a ordem do governo é de que continuem o máximo de tempo possível. 

Bares, restaurantes, hotéis, museus, monumentos, teatros, cinemas e casas de shows continuam fechadas. Em Paris, o aeroporto de Orly continua inoperante (ainda sem previsão de reabertura). Já o transporte público, a regra é que apenas pessoas que se deslocam ao trabalho ou atendimento médico possam utilizá-lo nos horários de pico. O uso de mascara nos ônibus, trens e metrôs é obrigatório, além da apresentação de uma atestação emitida pelo empregador. 

No meio deste cenário surreal, mas necessário para frear a propagação da pandemia do novo coronavírus, a pergunta que não quer calar é: devo anular ou adiar minha viagem (ou planos) de visitar Paris ou a França neste verão Europeu?

A resposta é SIM. É fortemente aconselhável adiar ou anular sua viagem a França este ano pelas seguintes razões:

1- As fronteiras da Europa e de países europeus estão fechadas

As fronteiras da Europa estão fechadas há quase dois meses. Ou seja, está proibido a entrada de qualquer cidadão de países que não façam parte parte do Espaço Schengen (países europeus onde a circulação de pessoas é livre). Além disso, mesmo a circulação entre pessoas de países europeus está restrita em virtude da pandemia do Covid-19. A França, por exemplo, fechou suas fronteiras com outros países europeus e está autorizada somente a entrada e saída de pessoas que comprovem que precisam trabalhar, se ocupar de pessoas vulneráveis, por motivos de saúde, além de cidadãos europeus ou residentes que estejam no exterior. No próximo dia 15 de junho a Comissão Europeia decidirá se as fronteiras da Europa devem ou não serem abertas, mas a pressão da população francesa para que as fronteiras permaneçam fechadas é enorme, o que torna imprevisível quando os turistas poderão entrar ou não no país. 

2 - Aeroportos inoperantes

A restrição de circulação na Europa provocou o fechamento de aeroportos. Em Paris, os Aeroportos de Orly e Beauvais estão fechados há mais de 1 mês. Apenas o Aeroporto Roissy Chales de Gaulle está funcionando, mas com o mínimo da sua capacidade operacional. A Air France, por exemplo, reduziu em 80% seus voos nos últimos 3 meses. A expectativa é de que Orly continue fechado pelo menos até o mês de setembro, mas as companhias aéreas estão fazendo pressão para a reabertura parcial a partir de 15 de junho. Por enquanto o cenário é de incerteza.

3 - Restrição de circulação na França

Mesmo se você conseguisse entrar na França, seria necessário se acostumar as medidas restritivas de circulação dentro do próprio país. Atualmente a França está dividade em 2 zonas de acordo com a gravidade da propagação do Covid-19: verde e vermelha. Paris está na zona vermelha, ou seja, museus, monumentos, alguns hotéis, bares, restaurantes e grandes lojas como a Galerie Lafayette, permanecem fechados em virtude do alto risco de propagação do coronavírus. Apenas no dia 2 de junho o governo deverá decidir a reabertura ou não destes estabelecimentos. Além disso, os franceses estão autorizadas a se locomover num raio máximo de 100 quilômetros da sua residência, sendo impedida a locomoção entre as regiões do próprio país. 

4 - Monumentos fechados

Visitar Paris sem poder visitar monumentos como a Torre Eiffel ou o Louvre perde um pouco a graça. Mas por enquanto, todos os monumentos permanecem fechados até nova ordem. A decisão de reabertura ou não será anunciada dia 02 junho. 

5 - Transporte público restrito

Para evitar a propagação do Covid-19, o transporte público na França está sofrendo várias restrições. Além da redução de trens, o uso de máscara é obrigatório. Além disso, apenas pessoas que se dirigem ao trabalho ou por motivo essencial maior (ir ao médico, cuidar de parente idosos, etc) podem usar o transporte público em horários de pico. O desrespeito acarreta em multa de 135 euros. 

6 - Risco de perder a sua reserva

Por enquanto o cenário para o setor turístico na França é de incerteza. Por aqui, o governo já começa a preparar os franceses para que eles tirem suas férias sem sair do país. O setor de turismo, hotelaria e restauração são as áreas que mais estão sofrendo com a crise, com uma redução quase que total das atividades. Mesmo com a pressão para que possam restabelecer seus serviços à partir de junho, a incerteza ainda é grande, pois as medidas altamente restritivas de distanciamento social impostas pelo governo francês possibilitariam apenas a retomada parcial do setor. Reservar sua viagem neste momento à França, mesmo se as tarifas estiverem mais baixas, seria por sua conta em risco, já que existe a possibilidade do cenário mudar e o governo impor medidas de distanciamento social ainda mais restritivas nas próximas semanas. Tudo depende da evolução da pandemia. Caso reserve sua viagem à França para este ano de 2020, certifique-se que existe a possibilidade de reembolso ou adiamento da viagem por pelo menos 1 ano. Verifique ainda a saúde financeira da agencia de viagem ou companhia aérea a qual deseja efetuar suas reservas, já que com a crise existe a enorme possibilidade de falências, o que tornaria o reembolso uma baita dor de cabeça, ou simplesmente, inviável. 

7 - Verifique as condições do seu seguro saúde

Em tempos de crise como epidemias, pandemias e guerras, várias seguradoras não cobrem perdas, prejuízos ou gastos com saúde. Desda forma, mesmo que a situação melhore nos próximos dias, antes de viajar, confirme com seu seguro saúde (obrigatório para entrar na Europa) se ele cobre internações por Covid-19. Leia atentivamente o contrato e só marque sua viagem se tiver 100% de certeza de que será coberto em caso de necessidade. 


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